Chinelos e calçados nas portas das salas, roda inicial pronta para começar mais um planejamento do dia. Fichas com os nomes das crianças para, de uma forma divertida, verificar quem está presente e quem se ausentou. Em seguida cada turma segue sua rotina em meio a cantos de trabalho diversificado, quintal, lanche, aulas complementares, pesquisas, arrumação dos espaços por onde passaram e por fim, sentar novamente na roda e registrar no “livro da vida” mais um dia na escola.
Os projetos são o fio condutor das atividades e pesquisas desenvolvidas em cada turma. É a partir deles que trabalhamos o currículo em movimento e os conteúdos da BNCC, garantindo que as atividades façam sentido, que tragam envolvimento e permitam que a vida entre na escola. Os projetos podem ser propostos pelos educadores ou trazidos a partir do interesse e curiosidade das crianças.
Vocês já viram – e ouviram – uma marimba? Já tiveram a chance de se equilibrar em um pé só e levantar as mãos bem pro alto, como se fossem uma árvore? Já tentaram dar cambalhota, ou ficar de cabeça pra baixo em um tecido? São essas algumas das experiências que as aulas de música, yoga e consciência corporal trazem para as crianças da escola. Uma vez por semana todas as turmas têm essas aulas, e podem explorar essas e muitas outras vivências.
As canetinhas, giz de cera, lápis de cor, papéis ficam disponíveis nas salas para uso de todos, e as crianças aprendem que precisam cuidar daquilo que é coletivo, que é importante o olhar atento para o material que todos usufruem.
Assim como o material, o lanche é também coletivo. Entendemos que compartilhar do mesmo alimento, sem distinção, é fundamental para construir vínculos, nos sentirmos em comunidade e termos a chance de experimentar novos e diferentes sabores. A escola oferece lanche todos os dias, e almoço para aquelas famílias que optarem. Uma comida simples e gostosa, que todos repartem.
Visitar um museu ou universidade; pegar um ônibus para conhecer a Feira de Ciências de uma outra escola; fazer uma trilha pelo Cerrado ao redor da Escola; visitar um santuário indígena e aprender as brincadeiras, costumes e tradições; passear em um Parque Nacional. São muitas as vivências possíveis que as aulas-passeio proporcionam. Pesquisas, descobertas, descontração, construção do grupo, da autonomia, criação de novas memórias e aventuras são os desdobramentos dessa prática proposta por Freinet para ampliar as experiências e repertórios das crianças, e que permeia nosso fazer na Escola