MUNDO, MEIO AMBIENTE, ESSÊNCIA, SER, VARIEDADE, VIDA, FORÇA QUE GERA.

Seriguela, carambola, manga, pitanga; canário da terra, joão de barro, pica pau; galinhas d’angola, tatu, saruê; milho, cenoura, repolho… todos esses elementos compõem o cotidiano da nossa escola, de forma orgânica e viva. As crianças aprendem, pequenas, que as frutas têm um ciclo e um tempo para brotarem e amadurecerem, que os animais precisam de cuidados, que a horta precisa de cultivo e atenção. A relação que se constrói é de proximidade e afeto, construindo um conhecimento real sobre a natureza.
A educação NA natureza é um importante elemento de transformação social, tendo em consideração a necessidade urgente de mudança na relação com o meio ambiente, assim como a necessidade de ações coletivas voltadas para a sustentabilidade e preservação, e a consciência da finitude e bom uso dos recursos naturais.
É no dia a dia que essa transformação se dá, tirando do meio natural a ideia de exotismo, medo ou nojo que muitas vezes permeia essa relação, e colocando um lugar de proximidade e familiaridade.

MOBILIDADE, DESLOCAMENTO, MUDANÇA, AÇÃO, ATIVIDADE, ENERGIA, DINÂMICA, AGILIDADE,
FLUXO, CIRCULAÇÃO, JEITO, BALANÇO, REMELEXO, ÍMPETO, ELÃ, DISPOSIÇÃO, ANDAMENTO.

Somos seres de movimento. Nos mexendo descobrimos o mundo, organizamos nossas percepções e ampliamos os repertórios internos. O movimento é a base da experiência, é o que traz o potencial da curiosidade e do desejo de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo.
A organização do tempo e do espaço das crianças na escola deve se pautar por essa premissa, no estímulo à exploração do espaço, das potencialidades do próprio corpo e da percepção dos limites e possibilidades de correr, escalar, pular, esticar, virar de cabeça para baixo, se concentrar, retrair, relaxar…
Acreditamos que as crianças que têm a possibilidade de se mexerem, de percorrerem com liberdade seus caminhos, agem ao seu redor com criatividade, autonomia, curiosidade e respeito.

DIFERENÇA, MULTIPLICIDADE, PLURALIDADE, HETEROGENEIDADE,
ABUNDÂNCIA, SORTIMENTO, VARIEDADE

A realidade é múltipla, construída a partir de diferentes compreensões sobre o mundo. No atual cenário educacional e político a palavra diversidade remete a ações relacionadas ao reconhecimento de determinadas categorias sociais em seus direitos e necessidades, suas histórias e suas perspectivas de futuro.
Pensar a diversidade como conceito e prática fundamental na escola é uma forma de desconstruir preconceitos, exclusões e discriminações. A escola é um microsistema que muitas vezes reproduz esses mecanismos, e é refletindo sobre eles que podemos denunciar estas práticas e construir novos cenários para uma educação mais crítica e inclusiva.
Um dos caminhos para essa construção é termos uma escola plural, onde cada pessoa se sinta à vontade para ser quem se é, e que situações de preconceito sejam tratadas como motes pedagógicos, e que as/os educadoras/es tragam esses acontecimentos para a reflexão, pensando e discutindo suas repercussões, construindo conjuntamente ações de resistência e enfrentamento.
Levamos essas questões em consideração no processo seletivo da equipe e na oferta de bolsas de estudos, buscando trazer um mínimo de pluralidade para a realidade da escola.