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O essencial e o distintivo no Fundamental 2 da Escola da Árvore

O essencial do Fundamental II se apoia em três articulações:

1) conteúdos clássicos,

2) organização do trabalho pedagógico,

3) interdisciplinaridade.

 

          A conexão entre esses pilares se dá na perspectiva da Pedagogia Histórico-Crítica, uma das concepções teóricas da Escola da Árvore. 

        Conteúdos clássicos são tudo aquilo que se firmou como fundamental; não se opõem aos tradicionais, nem aos modernos ou à cultura popular. O clássico é o critério para a seleção dos conteúdos do trabalho pedagógico situado: que conteúdos podem desempenhar, numa nova escola, plural, contemporânea e crítica, papel equivalente àquele desempenhado pelo latim e pelo grego na velha escola? Aqueles da História do homem, da América Latina, do Brasil, de Brasília; sobre desigualdade, diversidade e lutas sociais. 

          A organização do trabalho pedagógico se desenvolve em torno de conteúdos, de espaços (o ambiente como mediador da aprendizagem), de tempos e de procedimentos. Essa organização atende à exigência de um acervo mínimo de conhecimentos sistematizados, sem o que, o/a adolescente não pode ser cidadão autônomo e crítico conhecedor da língua, da matemática, das ciências da natureza e das ciências sociais. 

               A interdisciplinaridade articula os conhecimentos sobre o ser humano e suas relações sociais, históricas e culturais. O desafio do Fundamental II é conectar as ciências humano-naturais para responder aos desafios da relação entre ciência e educação na sociedade contemporânea na perspectiva crítica. 

          O que é distintivo O Fundamental II da Escola da Árvore se diferencia nos conteúdos essenciais situados em nossos tempo e espaço, em práticas significativas e na oposição ao cenário distópico da humanidade criativa e criadora submetida às suas próprias criaturas. O Fund. II dá continuidade à intenção de impulso das transformações sociais articulando seu currículo aos movimentos sociais populares, que lutam para superar a ordem social atual. Sua contribuição é superar a crença na formação de estudantes resilientes para ingresso no processo econômico-produtivo em direção à formação de estudantes críticos e socialmente responsáveis.

          Diferentemente da tendência dominante, O Fund. II da Escola da Árvore problematiza as estruturas econômicas da sociedade capitalista inerentemente desigual, visando à sua plena compreensão por parte dos/as estudantes em harmonia com o meio natural, plural e diverso em que vive: “A humanidade que se reflete em cada individualidade é composta de diversos elementos: 

1) o indivíduo;

2) os outros homens;

3) a natureza” (Gramsci).

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