
Educação Insurgente
Educação. Insurgência.
Palavras que se encontram na necessidade de pensar práticas de projetos educativos vinculados com o compromisso da justiça social.
O que a escola tem de agência sobre tudo isso? Quais os limites e possibilidades na organização de um trabalho pedagógico que colabore na transformação social? É possível não perpetuarmos privilégios no espaço educativo e também na sociedade?
São 10 anos de Escola da Árvore e 10 anos compreendendo que educar é um ato político, porque se traduz em possibilidades de transformação.
Entre as comemorações dessa década da escola, estamos organizando um encontro para reunir professores e pessoas que atuam na educação. Será um momento de celebrar e também de compartilhar uma pedagogia insurgente que, com os pés na realidade, reafirma todos os dias seu compromisso com a transformação social e com a formação de sujeitos coletivos. Uma conversa que compreende que a Educação não se confunde com mercadoria.
O Seminário
A finalidade do seminário é fomentar a reflexão e o debate sobre os principais desafios da educação brasileira para os próximos 10 anos, pensando em práticas educadoras pautadas pela ética da natureza, do movimento e da diversidade para uma pedagogia emancipadora e orientada para a justiça social.
Em cooperação com a Faculdade de Educação da UnB, o seminário contará uma certificação de extensão, a fim de fortalecer parcerias institucionais transversais entre educação básica e ensino superior.
Dessa forma, amplia-se e aprofunda-se o debate sobre o papel da educação diante de desafios que somos e seremos convocados a responder, quais sejam: a preservação da natureza, a pluralidade das existências, o uso da tecnologia para o bem-comum, e a subjetividade expressa no movimento do corpo.
Atividades
Durante o evento, as pessoas participantes terão a oportunidade de conhecer a Escola da Árvore, localizada na Serrinha do Paranoá, um cinturão verde dentro da cidade de Brasília. Na escola, irão experimentar sua rotina pedagógica e debater com educadoras e educadores sobre suas orientações e práticas: o fazer coletivo, a autonomia educadora, o lugar da natureza e da cultura afro-brasileira nos projetos das turmas, entre outras. Além disso, haverá a possibilidade de visitar uma das grandes iniciativas da Escola, a sua agrofloresta, que garante a segurança alimentar da comunidade escolar com certificação orgânica.
Já a arquitetura modernista da UnB sediará rodas de conversa com ativistas e intelectuais que têm compromisso com uma educação não mercantilizada. Estão planejadas discussões e oficinas sobre a práxis de uma educação anticapacitista e antirracista, a condução de questões de gênero no ambiente escolar, o papel da tecnologia como ferramenta para servir à educação, bem como a realocação da natureza no centro da aprendizagem de crianças e pessoas adultas.
Programação
15 de outubro | Quarta-feira
“Tirem os sapatos e pisem no chão”
Visita à Escola da Árvore em 2 turnos: Manhã ou tarde de imersão
Turno 1: 9h às 12h
Turno 2: 14h30 às 17h30
19h às 21h
Abertura
Por que Pedagogia Insurgente? , com Letícia Araújo
16 de outubro | Quinta-feira
8h30 às 9h
Roda inicial
9h às 12h
Roda de Conversa
Educação não é mercadoria. Com Christian Laval e Cátia Devechi (mediação)
10h às 10h30
Quintal e lanche
12h às 13h30
Almoço
13h30 às 16h
Roda de Conversa
Especial, inclusiva e tantos outros adjetivos: o que realmente envolve uma educação para todos? Com Mariana Rosa, Talita Delfino e Davi Contente (mediação)
16h às 16h30
Quintal e lanche
16h30 às 18h30
Cantos de trabalho
17 de outubro | Sexta-feira
8h às 8h30
Roda inicial
8h30 às 10h30
Roda de Conversa
Rupturas Necessárias: PPPs Contra o Racismo e o Conforto Branco. Com Vanda Machado, Denise Botelho e Roberta Eugênio (mediação)
10h30 às 11h
Quintal e lanche
11h às 13h
Roda de conversa
Tecnologias para o bem comum na educação: Resistência contra assombrações, fantasmas e mitos digitais. Com Andressa Pellanda, Nelson Pretto e Tel Amiel (mediação)
13h às 14h30
Almoço
14h30 às 16h30
Roda de Conversa
Educação e gênero - a confirmar
16h30 às 17h30
Quintal e lanche
18 de outubro | Sábado
8h30 às 9h
Roda inicial
9h às 11h
Roda de Conversa
Nunca fomos humanos: Educação Ambiental multiespécie, a fricção da vida e os mundos comuns. Com Isabel Cristina de Moura Carvalho, Marcos Sorrentino e Rita Silvana (mediação)
11h às 11h30
Quintal e lanche
11h30
Encerramento deste encontro insurgente
Show de Mateus Aleluia

Convidados
Mateus Aleluia
Encerramento | 18/10 às 11h30
Músico, cantor, compositor e pesquisador baiano, remanescente da formação original do conjunto musical Os Tincoãs.


A Escola da Árvore e a Universidade de Brasília
Em 2025, a Escola da Árvore completa 10 anos de uma atuação inspirada na pedagogia de autoras e autores como Célestin Freinet, Paulo Freire e Emília Ferreiro. Ao longo dessa trajetória, constituíram-se as raízes de uma metodologia de vanguarda para pensar e atuar na educação brasileira: natureza, movimento e diversidade. Essas raízes orientam uma pedagogia que compreende a educação como um ato político, cuja intencionalidade está refletida nos projetos da sua comunidade escolar. A Escola da Árvore entende que educação não é mercadoria. Apresenta-se como um contraponto a propostas de educação neoliberais, que preparam o sujeito para o mercado de consumo à revelia da exaustão ambiental e dos imperativos climáticos. A Escola afirma que a educação é um espaço para formar cidadãs e cidadãos que refletem sobre e atuam para a justiça social: sujeitos que se entendem como natureza e que, em contato com o outro, não se qualificam em melhor ou pior. São exemplos de projetos derivados desse recorte ético: a formulação do primeiro texto que originou a Lei nº 7.649, que estabelece a obrigatoriedade da inclusão do tema transversal “Educação ambiental e gestão de resíduos sólidos” no currículo da educação básica das escolas públicas do Distrito Federal; a Agrofloresta e o direito à segurança alimentar; a Copa da Árvore e a competição saudável; o Festival Cazumbá e a educação antirracista; o Chá dos Avós e o papel da ancestralidade; a Mensalidade da Abundância e o poder transformador da coletividade. Alinhada à perspectiva de atuação da Escola, a Universidade de Brasília se apresenta com a missão de produzir, integrar e divulgar conhecimento, formando cidadãos comprometidos com a ética, a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável. Essa é a Universidade de Brasília, cuja trajetória se entrelaça com a história da capital do país. Resultado do sonho e do trabalho de educadores como Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira, a UnB é, desde 1962, ano de sua criação, uma das principais referências acadêmicas nacionais. A diversidade cultural presente em seus quatro campi é uma de suas características marcantes. A pluralidade, aliada à busca permanente por soluções inovadoras, move a produção científica e o cotidiano da instituição. A UnB segue atuante em todas as áreas do conhecimento, aberta às principais demandas do Brasil e do mundo. Com olhar apontado para o futuro e estima pelo caminho já trilhado, a Universidade se consolida como organismo indispensável para o desenvolvimento de uma sociedade mais íntegra e democrática.
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