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Princesas negras




Filha de pai preto e mãe parda, desde que começou a falar Aurora faz perguntas e, aos poucos, constrói uma narrativa própria sobre quem é, sobre como se vê.


Ontem a Escola da Árvore recebeu Edileuza Penha, escritora do livro “Princesas Negras”, para uma tarde de autógrafos. O livro de Aurora já havia sido autografado em 2019, quando ela o ganhou de presente da avó, mas o autógrafo de ontem ganhou um significado diferente.


Quando me encontrou, Aurora aproximou a boca do meu ouvido, pedindo por escuta, e quase num tom de alívio e comemoração por ter se reconhecido naquela princesa contadora de histórias, disparou: “mamãe, eu sou uma princesa negra”.


Enquanto Edileuza contava uma história, o pai de Aurora, que também é fotógrafo da escola, registrou de um jeito diferente o que eu escrevi nessas linhas: com câmera em mãos, captou o olhar de admiração e de reconhecimento da filha.


Não tem poesia maior que o olhar do pai por trás dessas fotos, que encontra o olhar e o sorriso dessa menininha.



Gratidão por esse encontro, Escola da Árvore.



Texto por Eliza, mãe de Aurora.


Fotos por @matheusalvesfoto, pai de Aurora

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